Tudo tem um começo
E se pulei o meio
Sim, admito que errei
Tudo tem fim
E se optei em ir direto à ele
Então, sim, errei de novo
O início do meu fim expurga tudo em mim
Rouba as possibilidades, probabilidades
Restando a esperança
Aqui que me encontro
Agarrada a este fio
Expondo minha fragilidade
Na nudez da minha dependência juvenil que,
Apesar do tempo que carrega,
Nega-se a ser senil
Por que tanto medo ? Receio ?
Tudo é de todos
E todos sou eu também !
Tão introspecta que, há muito,
Me perdi de mim mesma e do mundo.
O fio está amarrado ao meio
O inevitável meio
A inclusão do meio
O meio de se incluir
O reboleio deste círculo - ciclo
De opções infinitas
Que deixo escapar
E o tempo me esmaga,
Atropela e ultrapassa
Me sentenciei o tormento
Restando o gelado e escuro isolamento
Não sei quem vejo no espelho
E o sangue já não é mais tão vermelho
Tenho comigo a certeza das lágrimas guardadas
Aguardando o degelo do peito, do sentimento,
Do sofrimento que paira e não se lembra como voltar de onde veio
Pois aprendeu, agora,
A velar meu lamento
Daí mudam-se cores , feições , lembranças , manias
Ficamos irreconhecíveis a nós mesmos
Onde nos perdemos ?
Usaram tanto concreto que endureceu o sentimento
Parece uma coisa cuspida
Em meio a palavras lançadas sem nexo
Como se fossem cristais simplesmente jogados , desmantelados ,
Numa prateleira
'Inda têm seu encanto
Mas alguém pode ver ?
Linda!!
ResponderExcluirDa pra sentir a confusão de sentimentos
Parabéns, continue escrevendo sempre!!
Foi falar que sei usar bem as palavras... mas comparadas as lidas nos trechos ai acima... Tenho muito aprender lendo os seus... Parecem realmente sentimentos postos em papel, parabéns
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